segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Ah! Esse tal futebol.

Fazia muito calor naquela tarde de sábado. Uma tarde de praia, mas estava certo que ir ao estádio era a melhor coisa a se fazer no momento. A fila de carros já se formava bem antes de chegar ao local do jogo, o clima era tenso, pois a partida era de vida ou morte, e ali estava valendo um ano todo de trabalho. Quanto mais próximo fico do estádio, maior é a movimentação de pessoas, maior o clima de agonia e maior também a sensação única de ir a um jogo de futebol, que seria mais ou menos como uma mistura de alegria, nervosismo e um pouco de magia...



Carro estacionado, e agora o momento é de achar os amigos, tempo ainda de uma última mesa redonda, de uma última reclamação da diretoria e afins, momento até de falar da vida e das novidades que ela proporcionava a cada um...



Feito isso, momento de adentrar no estádio, comprar ingresso, vozes dos ambulantes e cambistas se juntam no ar, filas nas bilheterias, torcedores também fazem barulho, gritam meia dúzias de palavras e cantorias, e nesse embalo todo eu vou entrando. Passo na catraca, revista da polícia, e subo a rampa...


Ah, o campo! Enfim, o campo, o gramado, palco daquela tarde. Vejo as pessoas chegando e junto com elas uma vontade de sair dali com uma vitória, aliás, mais que uma vitória, com uma alegria inigualável, uma alegria de torcedor. Começa o jogo...




Termina o jogo, vitória fácil, vitória convincente, vitória que faz bem, e muito, aos torcedores ali presentes. O clima de festa é inevitável, vejo gente se abraçando, se beijando, a essa altura já não é mais possível tirar o sorriso estampado do rosto. Vejo gente chorando de felicidade, vejo gente rezando e agradecendo, e mais, gente pagando promessas...



Depois de uma tarde como essa, é como se eu tivesse jogado, é como se eu fizesse parte daqueles 22 que no campo estavam, que sensação boa é estar num estádio, de torcer, gritar, às vezes até falar mal, e se deliciar quando, ao fim de tudo, o resultado é positivo.


Um dia quero tentar entender por completo esse tal futebol.


24 de Novembro de 2007.
Estádio da Ressacada - Florianópolis

Avai 4 x 0 Ituano


Vale lembrar: A presença de Thiago Pravatto, grande amigo e entendedor desse tal futebol, que me proporcionou acesso a tal emoção.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Uma eleição de só um candidato!



Até que provem o contrário, a Copa do Mundo de 2014 é no Brasil.


Será que isso é bom ou é um erro enorme? Até que ponto o país está pronto e preparado para sediar um evento deste porte? Será que não seria mais conveniente pegar este investimento de milhões e em vez de construir estádios, construir hospitais?

Alguém mais pensa assim ou estão todos iludidos que a Copa é a salvação do país e do povo?



Eu sou um fanático por futebol, e obviamente por Copa do Mundo, mas o que me deixa contrariado é deixar de lado problemas graves de sobrevivência no Brasil e se esforçar aos montes para trazer um evento futebolístico deste tamanho pra cá.



Financiar hospitais, escolas, habitações e outras exigências que o povo brasileiro necessita não têm como, agora juntar milhões em reais e força política para trazer a Copa...Ah! Isso sim é tão fácil!

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Uma pena


O futebol nem sempre nos dá momentos felizes, infelizmente acontecem fatos que deixam os amantes deste esporte tristes e desconsolados. O mais recente foi a morte prematura e repentina do jogador Antonio Puerta, 22 anos, que jogava no Sevilha da Espanha. É sem dúvida um baque para o futebol, e não só para ele como pra todos, onde se vê um garoto (da minha idade) atleta desmaiar em campo e depois vir a morrer no hospital. Não quero aqui prolongar este fato, aumentando assim o sofrimento, trago-o somente para comentar sobre a belíssima homenagem que o time do Barcelona fez esta semana, em partida realizada no seu estádio. Todos os jogadores entraram vestidos com a camisa do Sevilha, com o número e nome de Antonio Puerta, e o estádio todo em um momento solene, esteve de pé e se solidarizou com a perda, que abalou o país.


Parabéns ao Barcelona, pela iniciativa.

domingo, 10 de junho de 2007

Em plena Terça-Feira

Era uma terça-feira à noite, fazia um pouco de frio, mas isto não vem ao caso. Pra mim a terça começou quando um grupo de amigos se encaminhava para um barzinho maroto, a fim de tomar uns três ou nove chopps e jogar conversa fora. Estavam já todos acomodados, bem servidos e tal, quando adentra no recinto, um ex-jogador (detesto este termo) ilustre, aliás, ilustríssimo! Nos primeiros sete segundos eu sinceramente fiquei pasmo, mas depois me recompus e indiquei a outro amigo que estava próximo de mim (e tão viciado em futebol quanto eu) a presença do jogador.
O tal jogador (ou ex) é Leovegildo Lins Gama Junior, mais conhecido como “Junior”. Ele foi campeão inúmeras vezes pelo grande Flamengo do início dos anos 80, até depois ir jogar na Itália. Jogou também pela seleção, e estava naquele “timaço” que perdeu para a Itália na copa da Espanha em 1982. Meu pai que era flamenguista (vai entender) era um grande fã do Junior, e sempre me contava, que além de um jogador fantástico que era também era uma pessoa decente fora dos gramados.
Voltando ao bar, tomamos coragem e fomos pedir se poderíamos tirar uma fotografia com o ele, na qual fomos muito bem recebidos e registramos tal momento. Sentei-me novamente em minha mesa, mas não satisfeito, porque precisava mesmo era de um autógrafo daquele mito do futebol. Solicitei então ao amigo que estava presente na mesa do Junior e fiquei ali em minha mesa despreocupado em conseguir tal assinatura. Foi então que ouvi alguém gritar meu nome, procurei de onde vinha a voz e vi que era o mito me chamando pelo nome e pedindo que eu me aproximasse dele para pegar o tão sonhado autógrafo.
Encontrar um craque do futebol é interessante, tira foto com ele é fantástico, agora ele chamar você pelo nome para dar um autógrafo...
Ah! Isso é demais!

Vale lembrar:
Meu pai era fã mesmo do lateral direito que o Flamengo tinha na época de ouro rubro-negra, que se chamava Leandro, daí então me batizou com o nome como forma de homenagem.

Vale lembrar ainda:
A presença nesta noite memorável de dois grandes amigos, Felipe Veck e Jorge Salim.

sábado, 26 de maio de 2007

Ah! Momentos...

O futebol nos proporciona em sua grande parte, momentos fantásticos. E essa semana eu fui contemplado com mais dois bons momentos, nos quais eu falarei aqui. Alguns devem imaginar que o meu time venceu, ou que eu marquei algum gol e tal qual. Mas não, não foi nenhuma das alternativas, estou escrevendo para contar de dois acontecimentos que requintam nosso futebol, fazendo dele uma arte ou uma doutrina a ser seguida.

O primeiro é a maravilhosa festa que a torcida do Grêmio fez quarta-feira no estádio Olímpico, que contagiou o time para buscar nos pênaltis a classificação para as semifinais da Taça Libertadores. A torcida proporcionou um verdadeiro espetáculo aparte, onde até mesmo aqueles que não torciam pelo tricolor gaúcho se emocionaram pelo “barulho” feito pela massa. E olha que aqui quem vos escreve é um colorado, mas que também amante do bom futebol, não poderia deixar de reparar e elogiar a tal torcida.

O outro momento? Você adivinha? Foi sim à final da UEFA Champions League, que brilhou mais uma vez a estrela de Kaka, favorito em meu ver para melhor do mundo de 2007. Mas não quero falar do jogo, até porque você já deve ter vistos os gols, os melhores momentos, os melhores momentos dos melhores momentos, milhares de entrevistas e debates sobre a final.
Eu quero lhe chamar a atenção para um jogador em especial, que tem em sua camiseta escrita um sobrenome forte: MALDINI. Que jogador espetacular este não? Capitão do Milan, e que acaba de ganhar nada mais nada menos que seu quinto título europeu, e por ironia do nosso futebol, já jogou com o seu atual técnico Carlo Ancelotti. Quero ver alguém ter coragem de falar pra ele sobre aposentadoria, ou que está velho demais para jogar.
Eu daqui, apenas aplaudo tal mito.




(Aproveito aqui para pabenizar meu ilustríssimo amigo Felipe Veck, aniversariante da semana, que é um verdadeiro entendedor desse tal futebol.)

terça-feira, 22 de maio de 2007

Enredo pra 1000 crônicas.

Nenhum momento do Romário me marcou mais do que aquela Copa do Mundo de 1994. Lá o meu sentimento de torcedor estava mais aguçado, talvez por não souber muito bem sobre toda a podridão existente no nosso futebol e tal. Mas foi a Copa em que eu mais torci, até os dias de hoje, pois a cada jogo, a cada momento que a seleção aparecesse eu ficava lá, na frente da televisão, com imagens longe de um ideal, com o bom e velho “bombril” na antena, e aquela bandeira de plástico verde e amarela que tremulava de cinco em cinco minutos.
Romário era (e sempre será) pra mim um Craque, mas um Craque de letra maiúscula mesmo, que poderia sim decidir uma partida, e que poderia nos surpreender a cada momento, por jogadas celestiais e inteligentes. O gol dele que mais me marcou naquela Copa foi contra a seleção de Camarões, onde ele foi passando e driblando no meio da zaga, e na entrada da área, quando veio o goleiro, ele simplesmente deu um toque sutil de “bico” e a bola foi, cuidadosamente para o gol.

Escrevo esta pequena passagem em homenagem ao “grande baixinho”, que sem dúvida nenhuma foi e é um dos maiores jogadores que o futebol pôde criar. Além dos 1000 gols, além de todos os gols bonitos, teve muitos gols importantes.
Parabéns Romário.





Fonte: http://youtube.com



Algumas frases sobre o baixinho:

  • O gênio dos pequenos espaços.
  • O que não se conseguiu descrever com palavras, ele conseguiu com os pés.
  • Ele popularizou o gol de “bico”.
  • Romário não ajeita a bola, a bola se ajeita para ele.

(Créditos a Jorge Salim, pela excelente idéia para o título desta postagem.)

sexta-feira, 18 de maio de 2007

E é PÊNALTI!


"O pênalti é tão importante que devia ser cobrado
pelo presidente do clube."

(Neném Prancha - ex-roupeiro do Botafogo e filósofo da bola)




ja perderam.
ja defenderam.
pediram para cobrar.
fugiram.
queriam fugir.
queriam cobrar.
viraram heróis.
viraram bandidos.
displicentes.
categóricos.
gols históricos.
frangos mais ainda.
tem quem goste.
tem quem não.
E agora?
Se for pênalti, você bate?

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Começando ou recomeçando.


Este blog foi criado com objetivo de: discutir, debater, esclarecer e informar assuntos relacionados à grande paixão brasileira. Não, não é de carro que estou falando, e sim do Futebol. Mas não ele propriamente dito, mas sim histórias, curiosidades, publicidades relacionadas, e tudo aquilo que não é abordado nos milhares e milhares de programas esportivos.

E pra começar hoje, vou comentar sobre a propaganda do canal SPORTV, da NET tv por assinatura, que anuncia a transmissão do campeonato brasileiro da série B. A tal propaganda me chamou a atenção pela criatividade, com as imagens mostrando torcidas sofrendo, jogadores caindo e tal e mais ainda pela música, que serviu bem como trilha sonora aos torcedores (e a mim também) que tem seus times na segunda divisão do futebol nacional.

Abaixo a letra da música:


Muricy Moura – Volta Por Cima
Levanta sacode a poeira Da volta por cima
Chorei
Não procurei esconder
Todos viram, fingiram
Pena de mim não precisava
Ali onde eu chorei
Qualquer um chorava
Dar a volta por cima que eu dei
Quero ver quem dava
Um homem de moral
Não fica no chão
Nem quer que mulher
Lhe venha dar a mão
Reconhece a queda
E não desanima
Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima